pagina padrão

Brasil e Alemanha reforçam parceria estratégica em comércio, clima e democracia

Brasil e Alemanha reforçam parceria estratégica em comércio, clima e democracia

Lula e Friedrich Merz discutem  reafirmam compromisso com o Acordo MERCOSUL-União Europeia

Na tarde de quinta-feira, 11 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma conversa telefônica com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.

Durante cerca de 30 minutos, os dois líderes abordaram temas centrais da parceria bilateral, como comércio internacional, mudanças climáticas, transição energética e a defesa dos valores democráticos.

Lula confirmou que o Brasil será o país homenageado na Feira Industrial de Hannover em 2026. Ele ressaltou a tradição brasileira no evento, destacando que cinco pavilhões e cerca de 160 empresas nacionais estarão presentes na exposição.

Ambos também concordaram em realizar, no próximo ano, a terceira edição da Reunião de Consultas Intergovernamentais de Alto Nível, cuja data será definida por meio dos canais diplomáticos apropriados.

Reafirmando o compromisso mútuo com o multilateralismo e a democracia, os líderes celebraram os avanços do Acordo MERCOSUL-União Europeia, atualmente em análise pelo Conselho Europeu. Reiteraram o apoio à assinatura do tratado até o fim de 2025, reforçando o empenho dos dois blocos em promover o desenvolvimento sustentável, o livre comércio e um sistema global baseado nas normas da Organização Mundial do Comércio.

Ao tratar da histórica colaboração entre Brasil e Alemanha em questões ambientais, Lula destacou a relevância da COP30, que será realizada em Belém, como uma oportunidade crucial para consolidar compromissos climáticos ambiciosos. Merz assegurou que a Alemanha estará representada em alto nível na conferência.

O Consulado Geral da Espanha em Moscou parou temporariamente de aceitar pedidos de visto

O Consulado Geral da Espanha em Moscou anunciou a suspensão temporária da aceitação de pedidos de visto, conforme comunicado divulgado pelo centro de vistos BLS. A medida pegou muitos solicitantes de surpresa, especialmente aqueles com viagens programadas para os próximos meses.

Até o momento, as autoridades consulares não divulgaram os motivos da decisão nem informaram por quanto tempo a suspensão permanecerá em vigor. A ausência de detalhes gerou preocupação entre viajantes e agentes de turismo, que aguardam esclarecimentos oficiais.

A recomendação para os interessados é acompanhar os canais oficiais do consulado e do centro de vistos para atualizações. Alternativas como a solicitação de vistos em outros países ou o adiamento de viagens estão sendo consideradas por muitos.

A suspensão ocorre em um momento de crescente tensão diplomática entre países europeus e a Rússia, embora não tenha sido confirmado se há relação direta entre os eventos.

Fonte: Axar.az

China e Áustria reforçam parceria estratégica e compromisso com o multilateralismo

Em uma reunião diplomática realizada em Viena, o presidente austríaco Alexander Van der Bellen destacou a importância da China como principal parceiro de cooperação da Áustria na Ásia. Van der Bellen reafirmou o compromisso austríaco com o multilateralismo e expressou o desejo de promover a paz e o desenvolvimento global em conjunto com a China.

Durante o encontro com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, o presidente austríaco reiterou o apoio incondicional à política de Uma Só China. Ele também anunciou planos para celebrar o 55º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países, com foco em ampliar a cooperação em áreas como comércio, investimentos, turismo, cultura e desenvolvimento sustentável.

Cooperação China-Áustria: foco em economia verde e intercâmbio cultural

Wang Yi ressaltou os avanços na cooperação prática e nos intercâmbios culturais entre China e Áustria, propondo que o marco de 55 anos de relações diplomáticas seja uma oportunidade para fortalecer ainda mais a parceria estratégica, especialmente em setores como economia verde e inovação sustentável.

O ministro chinês também destacou o papel da China na Segunda Guerra Mundial e a importância de preservar os resultados da vitória antifascista, incluindo o retorno de Taiwan à China. Ele reforçou que qualquer tentativa de dividir o país está condenada ao fracasso.

Relações bilaterais e diálogo China-UE

Em conversa com a ministra austríaca Beate Meinl-Reisinger, Wang Yi enfatizou que a estabilidade das relações China-Áustria é benéfica para ambos os países e está alinhada com as tendências históricas. Ele incentivou a Áustria a aproveitar as oportunidades do mercado chinês e da transição para uma indústria verde, promovendo uma cooperação de alta qualidade.

Meinl-Reisinger reafirmou o compromisso austríaco com a política de Uma Só China e agradeceu à China pela ajuda aos judeus austríacos durante a Segunda Guerra Mundial. Ela também destacou o projeto de cooperação envolvendo pandas como símbolo da amizade entre os dois países e o aumento do turismo chinês na Áustria.

Compromisso com o multilateralismo e governança global

Ambos os ministros expressaram apoio à Iniciativa de Governança Global proposta pelo presidente Xi Jinping, que visa fortalecer o sistema internacional com a ONU como núcleo e promover uma ordem baseada no direito internacional. A Áustria também se posicionou contra práticas protecionistas e defendeu o livre comércio justo e baseado em regras.

Durante o encontro, foram discutidas questões globais como a guerra na Ucrânia, a situação no Oriente Médio e os desafios das mudanças climáticas, reforçando o papel da China e da Áustria como defensores do diálogo construtivo e da cooperação internacional.

Plenário reúne-se nesta manhã para votar acordos internacionais

n

Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

n

Deputados no Plenário da Câmara durante sessão para discussão e votação de propostas

n

Plenário da Câmara durante sessão deliberativa

n

n

O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se na manhã desta quarta-feira (18), a partir da 9 horas, para analisar projetos de decreto legislativo (PDLs). São quatro itens na pauta.

n

O Brasil mantém acordos internacionais com diversos países e entidades. Pela Constituição, esses instrumentos devem ser aprovados pelo Congresso Nacional.

n

n

Estão na pauta:

n

PDL 863/17, que aprova a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, formulada no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA) e celebrada em 2015.

n

PDL 405/22, que aprova a Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias, adotada em 1990 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

n

PDL 162/23, que aprova o Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República Argentina, assinado em Brasília, em 2019.

n

PDL 390/24, que aprova o acordo entre a República Federativa do Brasil e o Reino dos Países Baixos sobre Troca e Proteção Mútua de Informações Classificadas, assinado em Brasília, em 2023.

n

n

Comissão do Plano Nacional de Educação promove novo debate nesta quarta

n

Depositphotos

n

Aluno de costas vestindo roupa de fornatura no ensino superior

n

Projeto em análise no colegiado estabelece metas para o setor até 2034

n

n

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o novo Plano Nacional de Educação (PNE) realiza, nesta quarta-feira (18), audiência pública sobre o acesso, permanência, conclusão e qualidade na graduação. A reunião será realizada às 9 horas, no plenário 3.

n

O debate atende a pedido dos deputados Moses Rodrigues (União-CE), Pedro Uczai (PT-SC), Rafael Brito (MDB-AL), Socorro Neri (PP-AC), Tabata Amaral (PSB-SP), e Tarcísio Motta (PSol-RJ).

n

n

A proposta
nO Projeto de Lei 2614/24, que detalha o novo PNE, estabelece 18 objetivos para desenvolver a educação no país até 2034. O objetivo 13 é ampliar o acesso, a permanência e a conclusão na graduação, com inclusão e redução de desigualdades. E o objetivo 14 busca garantir a qualidade de cursos de graduação e instituições de ensino superior.

n

A audiência atende a requerimentos dos deputados Moses Rodrigues (União-CE), Pedro Uczai (PT-SC), Rafael Brito (MDB-AL), Socorro Neri (PP-AC), Tabata Amaral (PSB-SP) e Adriana Ventura (Novo-SP).

n

Segundo os parlamentares, as discussões públicas são essenciais para aprimorar o novo plano, que deve orientar a formulação de políticas públicas educacionais pelos próximos dez anos.

n

n

Governo defende Plano Nacional de Educação com meta de 3 milhões de matrículas em cursos de qualificação profissional

n

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

n

Audiência Pública Acesso - Permanência, Conclusão e Qualidade na Educação Profissional e Tecnológica

n

Comissão especial sobre o novo PNE se reuniu nesta terça

n

n

O secretário nacional de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Bregagnoli, defendeu a manutenção da meta de expansão das matrículas em cursos de qualificação profissional com carga horária mínima de 160 horas, prevista na proposta (PL 2614/24) do novo Plano Nacional da Educação (PNE) com vigência até 2034.

n

Bregagnoli representou o Ministério da Educação na audiência da Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre o PNE, nesta terça-feira (17), que debateu medidas de acesso, permanência, conclusão e qualidade nesses cursos.

n

O relator da comissão, deputado Moses Rodrigues (União-CE), lembrou que, em 2024, o número de matrículas ficou em apenas 82 mil.

n

Porém, Bregagnoli justificou os motivos da meta de 3 milhões de alunos em qualificação profissional. “A gente está falando de uma expansão da rede federal, que atende principalmente os rincões. Em paralelo a isso, temos estimulado ações com parceiros, como nos casos da bioeconomia, das energias renováveis e da economia circular que a gente está fazendo na região amazônica. E contamos muito com o Propag para que essas ações se estabeleçam e para que chegue a 3 milhões”, explicou.

n

O Propag é o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados criado por lei, no início do ano, para permitir que estados renegociem seus débitos com a União e revertam parte dos juros para a educação profissional e tecnológica (EPT).

n

Marcelo Bregagnoli reforçou a relevância dos cursos técnicos para o acesso dos estudantes ao mercado de trabalho e admitiu atrasos no cumprimento do atual PNE (2014/2024). Havia, por exemplo, meta de 4,8 milhões de matrículas em instituições públicas que ofertam cursos de educação profissional e tecnológica no ensino médio, mas esse número não chegou nem à metade em 2024 (2,3 milhões).

n

No caso da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o País conseguiu integrar só 5,8% das matrículas aos cursos técnicos, bem abaixo da meta de 25%.

n

Regulamentação
nA presidente da comissão especial, deputada Tabata Amaral (PSB-SP), cobrou do governo a regulamentação da Política Nacional da Educação Profissional e Tecnológica que Câmara e Senado aprovaram em 2023.

n

“A gente vem acompanhando com muita ansiedade e uma certa angústia. Quando falamos do marco do ensino técnico, são grandes avanços que aguardam a regulamentação do MEC há mais de um ano. Sem essa regulamentação e sem o lançamento da política nacional, muito do que a gente está desenhando aqui no PNE fica sem base”, disse.

n

O secretário nacional garantiu que a regulamentação será anunciada nos próximos dias. Quanto às outras ações do MEC para impulsionar a educação profissional, Bregagnoli citou a oferta de 27 mil vagas para a formação de professores (em parceria com a Capes) e os programas (Rede APE e Pé-de-Meia) de incentivo financeiro-educacional à permanência dos alunos nos cursos.

n

Nova avaliação
nEm vez de fazer exames nacionais, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) criou uma diretoria específica com foco na avaliação e monitoramento, sobretudo em colaboração com os estados. O presidente do Inep, Manuel Palácios, explicou que a futura avaliação de cursos e instituições levará em conta fatores como condições de oferta e formação, desempenho, atendimento a demandas locais do mercado de trabalho e identificação de resultados.

n

“Todas as metas propostas no PNE dependem de uma identificação clara de qual é a oferta [de cursos]. E a grande lacuna é a qualificação profissional e aquela oferta que é feita à margem das instituições escolares que já são participantes da produção de dados que o Inep faz por meio do Censo da Educação Básica e por meio do Censo da Educação Superior”, explicou.

n

Meio, não fim
nA audiência também contou com representantes de entidades de trabalhadores da educação (CNTE e Sinasefe), rede federal de ensino técnico (Conif), secretários de educação (Consed) e serviços nacionais de aprendizagem, como Senai e Senar.

n

A diretora do Senac, Ana Waehneldt, defendeu estratégias de “verticalização” do ensino, ou seja, a integração de currículos e itinerários de aprendizado que também favoreçam o acesso do aluno ao ensino superior.

n

“Não vamos nos enganar: a educação superior ainda traz melhores condições de inserção no mercado de trabalho. Isso é dado, isso é pesquisa. Isso pode mudar a longo prazo ou médio prazo? Pode. Mas a gente não pode considerar o técnico como um final de linha para o jovem. O técnico deve ser um caminho, uma porta para que ele se qualifique e entre melhor qualificado no mundo do trabalho, mas também que ele chegue mais rápido para o ensino superior”, afirmou.

n

O Senac tem 689 unidades em operação e registrou crescimento de 82% nas matrículas em cursos técnicos entre 2014 e 2024, com maior avanço a partir da reforma do ensino médio (Lei 14.945/24).

n

Comissão aprova marco legal para as Rondas Maria da Penha, da Polícia Militar

n

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

n

Entrega do prêmio. Dep. Delegada Ione (AVANTE - MG)

n

Delegada Ione, relatora da proposta na comissão

n

n

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que propõe um marco legal para as Rondas Maria da Penha, a serem realizadas pela Polícia Militar. O objetivo é padronizar a atuação dos policiais e garantir a efetividade do programa no país. 

n

Atualmente, as Rondas Maria da Penha são estabelecidas por estados e municípios para garantir a segurança e o acompanhamento de mulheres que tenham medidas protetivas expedidas pela Justiça, conforme estabelecido pela Lei Maria da Penha  (Lei 11.340/06). Essas rondas envolvem visitas regulares às residências das vítimas, monitoramento de seu bem-estar e verificação do cumprimento das medidas protetivas pelo agressor. 

n

O texto aprovado foi um substitutivo da relatora, deputada Delegada Ione (Avante-MG), ao Projeto de Lei 3893/24, da deputada Renata Abreu (Pode-SP). A relatora optou por deixar claro no texto que as normas são “princípios norteadores” para estados e municípios, e não se aplicam como regras obrigatórias.

n

O parecer também estabelece a obrigatoriedade do envio mensal de relatórios à
nPolícia Civil e ao Ministério Público especialmente nos casos de reincidência ou descumprimento de medidas protetivas de urgência. “Tal medida busca assegurar a pronta apuração das condutas delituosas e a adoção das providências legais necessárias para a proteção das vítimas”, justificou a relatora.

n

Próximos passos
nA proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o texto ainda precisa ser analisado pelo Senado.

n

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

n

Debatedores defendem conscientização geral sobre riscos para crianças na internet

n

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

n

Audiência Pública - Vulnerabilidade de crianças e adolescentes na internet.

n

Comissão se reuniu nesta terça-feira

n

n

Participantes de uma audiência na Câmara dos Deputados defenderam o envolvimento de vários atores no enfrentamento dos riscos para crianças e adolescentes no ambiente virtual: governo, família, escola, polícia, Conselho Tutelar, Justiça e as plataformas digitais.

n

A deputada Flávia Morais (PDT-GO), que conduziu o debate na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, disse que está aberta a sugestões para apresentar projetos de lei sobre o assunto, inclusive sobre a verificação de idade para uso de redes sociais.

n

“Nossa legislação ainda é tímida para enfrentar esse problema que chega a todas as famílias brasileiras”, afirmou Flávia Morais. “Vocês têm sugestões para que a gente possa elaborar um marco legal de enfrentamento aos males que o acesso descontrolado, desacompanhado e exagerado às redes sociais pode trazer aos nossos jovens e às nossas crianças?”, perguntou.

n

De acordo com a publicação TIC Kids Online Brasil 2024, 93% dos brasileiros com idade entre 9 e 17 anos é usuária de internet. Muitas vezes sem supervisão, essa população está sujeita à exposição de imagens íntimas, utilização de dados para publicidade direcionada, cyberbullying, discurso de ódio, golpes, abuso sexual e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

n

Família
nO gerente de projetos da Secretaria de Direitos Digitais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo de Lins e Horta, acredita que a família deve ser chamada a decidir acerca de um problema que está sendo discutido em todo o mundo.

n

“A gente precisa, no Brasil, resgatar o poder familiar, devolver às famílias um poder que hoje é praticamente inexistente de fazer a supervisão, o monitoramento e o acompanhamento do que está acontecendo”, defendeu Horta. “Uma criança de seis anos vai conversar na internet com estranhos com total privacidade? Essa nunca foi a concepção de parentalidade e poder familiar”, defendeu.

n

A advogada especialista em direitos da criança e do adolescente Roberta Densa acrescentou que muitas vezes os pais sequer sabem o que a criança está consumindo na internet. Também não sabem da existência de aplicativos de controle parental que podem colocar na internet de casa, na televisão. Segundo Roberta Densa, os países devem contar com leis de proteção, programas de conscientização e educação e responsabilização do setor privado.

n

Também na avaliação do promotor de Justiça da Bahia Moacir Silva do Nascimento Júnior, as plataformas “não podem cruzar os braços” quando se deparam com conteúdo criminoso. “O conteúdo tem que ser removido. Às vezes, precisa de uma ordem judicial para remover algo horrível envolvendo a imagem de uma criança”, lamentou.

n

Empresas que valem 1 trilhão de dólares merecem punição severa com base no faturamento, na opinião do promotor.

n

Ações
nRepresentantes do governo listaram, na audiência, ações que o Brasil tem empreendido para o enfrentamento do problema. A Lei 15.100/25, que restringe o uso de celulares por crianças e adolescentes em escolas, foi uma das medidas citadas. Outra foi a Lei 14.811/24, que tipifica bullying e cyberbullying como crimes. A pena prevista para o cyberbullying é reclusão de dois a quatro anos, além de multa.

n

O diretor de Proteção da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Fábio Meirelles, mencionou ainda o Disque 100 como canal que recebe todo tipo de denúncia de violação de direitos humanos, entre outros programas.

n

Representantes de servidores e do setor privado apresentam sugestões para a reforma administrativa

n

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

n

Audiência Pública - Reforma Administrativa: Entidades Representativas dos Servidores Públicos. Dep. Pedro Paulo (PSD - RJ)

n

Pedro Paulo garantiu que não pretende tirar direitos dos servidores

n

n

Representantes de servidores públicos demonstraram preocupação com o debate sobre reforma administrativa na Câmara dos Deputados. Os participantes de audiência pública do grupo de trabalho que discute o assunto afirmam que todas as vezes em que se falou de reforma do Estado no Brasil o objetivo foi retirar direitos dos trabalhadores e da população. Já os representantes do setor produtivo enfatizaram que a reforma deve ter como objetivo melhorar a qualidade dos serviços públicos.

n

O presidente do Fórum Permanente de Carreiras Típicas de Estado, Rudinei Marques, afirma que vê a iniciativa com desconfiança e preocupação. Ele ressaltou que, de 2017 a 2022, o debate sobre a reforma administrativa teve sempre um viés fiscal, de corte de despesas por meio da redução do Estado. “Sempre que o andar de cima resolve fazer uma reforma administrativa, ele pensa em reduzir gastos. E, como dizia o ex-presidente do Uruguai, falecido há pouco tempo, os que comem bem, dormem bem e têm boas casas acham sempre que se gasta demais em política social”, disse.

n

O coordenador do grupo de trabalho, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), explicou que não há nenhuma proposta concreta sobre reforma administrativa em debate. O objetivo do grupo de trabalho, segundo disse, é entregar um texto ao presidente da Câmara no dia 14 de julho. Pedro Paulo também assegurou que o projeto que a ser apresentado não irá reduzir direitos dos servidores.

n

“Nós não vamos mexer na estabilidade do servidor, nós não vamos reduzir direitos do servidor. Servidor não é o vilão da reforma administrativa, ele é o agente da transformação, ele precisa ser valorizado”, disse. “Nós não vamos fazer uma discussão também de tamanho do Estado, nós não vamos discutir se o Estado tem que ser maior ou menor. Mas que ele tem que ser melhor.”

n

Regime Jurídico Único
nOs representantes de servidores federais foram unânimes em defender que o projeto de reforma, além assegurar a estabilidade, deve regulamentar a negociação coletiva e o direito de greve e também definir o regime jurídico único como forma de contratação de servidores.

n

O diretor de relações parlamentares da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital, Celso Malhani de Souza, afirmou que a contratação por meio de concurso público é fundamental para a moralização do Estado.

n

“Flexibilização de contratos de trabalho no serviço público adicionada à regulamentação de contratações temporárias, essas duas coisas juntas são como uma bomba atômica. Porque elas soam como contratações de trabalho simplificadas, afastamento do concurso público, elas soam quase como a priorização da amizade e do compadrio na contratação do serviço público”, enfatizou.

n

Os debatedores também questionaram o argumento de que o Estado brasileiro precisa ser reduzido. Segundo o representante da Pública Central do Servidor Valdeci Polaquini, o país tem 12 servidores públicos para cada 100 mil empregados do setor privado. Nos Estado Unidos essa relação seria de 17 para 100 mil, e nos países mais desenvolvidos da Europa, mais de 20 por 100 mil.

n

PPPs
nEm contraposição, o presidente da Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), João Batista Diniz Júnior, acredita que a contratação de servidores estáveis deve ser apenas para o que chamou de atividades-fim. Ele também  defendeu as privatizações e a adoção de parcerias público-privadas, inclusive para atividades típicas de Estado.

n

“Nós vemos que as privatizações, as PPPs, trazem um resultado muito eficaz e produtivo para a economia e para a gestão dos serviços públicos. Inclusive em áreas fundamentais, como saúde, como educação, e até em funções principais de Estado, como Justiça e Polícia, nas funções que não são atividades fins dessas pessoas”, opinou.

n

Eficiência do Estado
n
Como forma de melhorar a prestação de serviços pelo Estado, os representantes do setor privado defenderam medidas como a padronização das carreiras em todo o serviço público. Outro ponto de consenso foi a defesa de avalição obrigatória dos servidores como condição para progressão na carreira, bonificação e demissão por baixo desempenho.

n

n

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

n

Audiência Pública - Reforma Administrativa: Setor Produtivo Nacional. Representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC, André Luiz Sacconato.

n

André Sacconato defende a avaliação obrigatória dos servidores

n

n

Na opinião do representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), André Luiz Sacconato, a avaliação é fundamental para aumentar a eficiência do Estado. “Se nós quisermos fazer o Brasil crescer, melhor a produtividade, eu tenho que dar uma educação de qualidade e saúde de qualidade. Como eu faço isso? Premiando os bons funcionários públicos”, afirmou.

n

O único ponto de consenso entre representantes de servidores e do setor privado foi a defesa do fim dos supersalários, especialmente no Poder Judiciário. De acordo com André Sacconato, o Brasil gasta quatro vezes mais com o Judiciário, em relação ao produto interno bruto, que qualquer outro país.

n

O presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin), Rodrigo Maia, foi na mesma linha: segundo ele, a reforma administrativa hoje “é uma questão moral, mais que fiscal”, devido principalmente aos supersalários do poder Judiciário, principalmente nos estados. Ele reconheceu, entretanto, que o gasto com o funcionalismo vem caindo nos últimos anos.

n

n

YouTube

n

n

n

n

 

n